A atual produção agrícola altamente dependente de insumos químicos, uso intensivo do solo e dos recursos naturais, poderá levar o sistema de produção de alimentos à uma crise global. Soma-se a isso às perdas na biodiversidade, degradação da qualidade do solo e principalmente redução da resiliência dos agroecossistemas. Nesse cenário a agricultura regenerativa surge como uma saída para transformar e renovar o modo de como se produz alimentos.
Nos últimos tempos tem-se escutado bastante sobre a importância dos efeitos positivos da agricultura regenerativa, esse conceito foi criado por Robert Rodale em meados de 1980, em que se definiu agricultura regenerativa como o sistema de produção agrícola baseado em processos biológicos de regeneração e revitalização do solo e gestão consciente da terra utilizada, seguindo princípios que também incluem o respeito à biodiversidade, os ciclos de água e carbono, a resiliência socioeconômica local, ou seja, a saúde do ecossistema, em geral.
Para que a sustentabilidade seja alcançada e mantida como o destino final, a agricultura regenerativa surge para ser o caminho e a solução para chegarmos a tão sonhada produção agrícola sustentável, pois esse O conceito da agricultura regenerativa harmoniza as dinâmicas da natureza com as técnicas adequadas de produção, trazendo consigo alguns princípios que devem ser seguidos: Saúde e conservação do solo – através de práticas como rotação de cultura, proteção e condicionamento do solo com cobertura viva, menor aração e revolvimento do solo, com adoção de plantio direto. Cuidado com a água: Uso racional da água – ter eficiência no uso de água e controle da infiltração no solo. Sequestro de Carbono – Práticas que induzam o aprisionamento de carbono nas raízes do solo, fazendo com que essas moléculas sejam utilizadas na ciclagem de nutrientes para as plantas, e consequentemente, contribuindo para redução de emissão de carbono para atmosfera e para mitigar os efeitos das mudanças climáticas..
Richard Harwood afirma a importância de um equilíbrio biológico, da relação entre o agricultor e sua família dentro dos agroecossistemas e a necessidade de potencializar essas relações para minimizar o impacto ambiental da produção agrícola. Para que a sustentabilidade seja alcançada e mantida como o destino final, a agricultura regenerativa surge para ser o caminho e a solução para chegarmos a tão sonhada produção agrícola sustentável.
Bruno Cordeiro e Leticia Vasconcelos